Muito comum recebermos pacientes com essa afecção no consultório de nutrição, para mim ainda é uma dificuldade porque muitos estão sem o tratamento medicamentoso tão necessários em casos mais agudos por falta de conhecimento dos profissionais da saúde dos sintomas tão clássicos dessa doença, é por esse motivo que faço questão de ajudar vocês a identificar essa patologia.
A tosse e a rouquidão são sintomas clássicos já que o RGE acarreta o fluxo de parte do conteúdo gastroduodenal para a região do esôfago causando pequenas lesões, e na pratica os pacientes acabam se confundindo com uma gripe, uma friagem ou qualquer coisa sem importância e negligenciando o tratamento essa lesão pode se tornar bem grave.
O paciente que se apresenta em sobrepeso ou obesidade deve emagrecer evitando o “sufocamento” da região gástrica minimizando as azias, piroses e desconfortos, e orientar que o paciente só deve deitar após 02 horas das refeições, ou seja evitar ao máximo comer e ir deitar imediatamente.
O consumo de líquidos durante as refeições precisa ser evitado afim de que o volume consumido seja pequeno e confortável, evitando o refluxo desse conteúdo, por isso parcelar as refeições em pequenas quantidades é o ideal. Preste muita atenção e oriente o paciente a não ficar por horas sem comer, na pratica eu sempre oriento espaços de 02 horas, costuma dar super certo.
O consumo de alimentos crus costuma irritar o esôfago do paciente por isso nos primeiros dias eu oriento que esses sejam cozidos afim de evitar possíveis desconfortos, então por exemplo: legumes e verduras cozidos/refogados, frutas cozidas, alimentos pastosos são mais fáceis de serem deglutidos.
Outro ponto importantíssimo na minha opinião é a temperatura dos alimentos, pense você que alguém com uma lesão no esôfago pode ser prejudicada por extremismos: quente ou gelado, por isso o ideal e prescritos em consensos e na literatura são temperaturas ambientes. Não se esqueça dessa importante orientação ao seu paciente!
Alguns alimentos são de praxe no quesito proibidos: café, bebidas gaseificadas e álcoolicas, alimentos gordurosos, cítricos e ácidos, menta e hortelã e produtos a base de tomate por conta da acidez.
Acredito que tenha conseguido dar uma “clareada”na sua conduta nutricional mas quero frisar que devemos sempre estar atualizados, e nos manter atentos aos principais sintomas do paciente, por isso não negligencie nenhuma informação na sua anamnese.