Indicadores antropométricos para avaliar o risco coronariano – Parte 02

A primeira vez que se nomeou os tipos de distribuição da gordura corporal (ginóide / andróide) foi descrita pela primeira vez em 1956 por Vague.

O localização dessa gordura é um importante preditor da doença cardiovascular, em 1995 muitos autores afirmaram que a simples circunferência da cintura (CC) é um marcador confiável, onde propuseram que os pontos de corte de 80 a 88 cm para mulheres e 94 a 102 para homens iriam classificar esse risco. Os estudos continuam pelo planeta mas só corroboram que a obesidade abdominal tem correlação importante com as doenças cardíacas.

Essa é uma medida não invasiva, fácil, prática, além de barata, ou seja muito acessível de ser implementado no consultório de nutrição, e com isso pode ser realizado para diagnóstico da síndrome metabólica.

Outro indicador que podemos implementar é a circunferência do pescoço, essa medida pode ser um preditor para o risco de hipertensão, diabetes, ou até mesmo a obesidade. Não é uma medida que devemos fazer de forma isolada, mas se ela vir acompanhada de todos os outros indicadores (parte 01 + parte 02), pode reforçar e embasar o diagnóstico antropométrico.

Essa é uma medida que devemos fazer com o indivíduo sentado, passe a fita em volta do pescoço, a mesma nem deve estar larga e nem pressionada demais, preste bastante atenção ao fazer essa medida e procure se posicionar ao lado ou atrás do paciente.

Os pontos de corte para essa avaliação é de ≤ 37 cm para homens e ≤ 34 com para mulheres.

Esses dois artigos tiveram a intenção de auxiliar, você nutricionista a embasar a sua avaliação antropométrica quando se trata de pacientes com sobrepeso e ou obesidade presentes.

Em resumo, se a sua consulta nutricional tem um tempo menor (20-40 minutos) você pode fazer somente peso, altura, circunferência do pescoço e cintura, e com essa medidas calcular o IMC, IC já que a circunferência da cintura e pescoço possuem pontos de cortes sem necessitar de cálculos matemáticos.

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