O cuidado nutricional do RGE (Refluxo Gastroesofágico)

Antes de tudo quero reforçar que as condutas aqui sugeridas é para o tratamento nutricional no consultório, a dietoterapia hospitalar é completamente diferente, ok?

Segundo o Consenso Brasileira da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) podemos denominar essa doença por um fluxo retrógrado do conteúdo gastroduodenal, causando azia, náusea, excesso de tosse, regurgitação, e muita secreção na região da garganta que muitas vezes é confundida com uma dor de garganta.

Pode-se considerar como instalado o refluxo quando a frequência é superior a 02 x por semana no período de 04-08 semanas, oriente o seu paciente a cuidar e tratar o refluxo para que não se evolua para esofagite.

Algumas orientações extras são imprescindíveis: elevação da cabeceira da cama, me média de 15 cm, e a suspensão do fumo.

Na dietoterapia temos algumas prioridades:
01. Evitar beber junto com as refeições, o aumento do volume gástrico tende levar o indivíduo a ter azia e náuseas mais intensas e repetidas;
02. Não é recomendado o consumo de bebidas cafeinadas, gaseificadas e alcoólicas, além dos chocolates;
03. Os alimentos devem ser consumidos em temperaturas mornas, evitando as extremas: gelada e quente;
04. Preferir os alimentos cozidos facilitando assim a digestão, e dependendo menos do sistema gástrico;
05. Se o paciente estiver acima do peso, é recomendado a redução do peso de forma gradual;
06. Tenha atenção na hidratação, por não poder beber líquidos junto com as refeições os pacientes acabam negligenciando o consumo entre as refeições;
07. Alguns alimentos devem ser avaliados quanto ao nível de tolerância, correlacione com os sintomas do refluxo, sendo eles: leites e derivados e as carnes vermelhas.

Esse protocolo é recomendado por 6 a 12 semanas.
Com todas essas dicas fica ou não fica fácil de montar o plano alimentar na hora da consulta?

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