Pancreatite crônica: tratamento nutricional

A pancreatite crônica é caracterizada do ponto de vista anátomo-patológico pela fibrose progressiva do parênquima glandular, a principal etiologia da pancreatite crônica é o álcool, porém fatores nutricionais e hereditários também são apontados como causadores da doença. Um outro hábito que pode levar a um avanço rápido da doença é o tabagismo que deve ser fortemente desestimulado em nossas consultas nutricionais.

Apesar de a dor abdominal ser o principal sintoma do cliente acometido de pancreatite podemos observar também o emagrecimento, esteatorreia, diabetes, icterícia, pseudocistos, derrames e hemorragias digestivas.

Na avaliação antropométrica é de suma importância tentar acompanhar peso, circunferências, e as dobras cutâneas, separar o tecido isento de massa gorda é imprescindível já que esses pacientes tendem a emagrecer acima do aceitável, e acabam em desnutrição.

Na montagem do plano alimentar é preciso muita atenção como o risco de diabetes mellitus é iminente, o cuidado dobra. 

A ciência mostra que em 80% dos casos a alimentação dita como “normal’ unida a medicação tem muitos resultados positivos, mas em alguns casos a suplementar se faz necessário como com o TCM (triglicerídeos de cadeia média) por exemplo, ele independe da lipase pancreática para absorção e seria eficiente para o paciente ganhar peso.

Quando não houver a presença de diabetes a ingesta de carboidratos deve ser alta, e cuidado com as fibras já que essas interferem de forma negativa nas enzimas pancreáticas.

A ingesta de proteína varia de 1,0-1,5g/Kg de peso, e se o paciente não conseguir ideal que entre com aporte protéico.

Os micronutrientes devem ser avaliados periodicamente e se for o caso prescritos na forma de suplementação oral.

Espero que aproveite as recomendações, e se tiver uma pancreatite já sabe por onde começar, vale lembrar que estudar é sempre o melhor caminho!

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