O cuidado da saúde óssea no consultório de nutrição

O aumento da porosidade do osso é uma patologia comum e isso acontece com o avanço da idade, a osteoporose como é chamada essa condição clínica traz diversas complicações.

O idoso se torna muito vulnerável já que o enfraquecimento ósseo limita muito o movimento e a sua mobilidade, o papel do nutricionista está relacionado com a redução da perda gradual e degeneração.

Adotar uma estratégia segura é de suma importância, e alguns micronutrientes devem ter atenção especial, entres entes: cálcio, vitamina K e D, magnésio. Por isso todos eles devem estar presentes no cardápio prescrito, atenção porque você precisará saber as principais fontes alimentares para que na hora possa fazer a orientação com eficiência.

Vou comentar um pouquinho de forma específica de cada um mas é só a pontinha do iceberg, aprofunde-se.

Comecemos pelo nutriente “talvez” mais importante neste caso, o cálcio, tem o seu pico de armazenamento na infância e na adolescência, o primeiro ponto a lhe dizer é que ele depende de muitos fatores para a sua absorção.

O seu mecanismo de absorção é bastante complexo dependendo basicamente de: pH ácido, vitamina D, fosfatase alcalina intestinal, ATPase, proteínas ligadoras de cálcio no enterócito e no plasma. Alguns fatores o nutricionista deve estar atento no momento da prescrição, como por exemplo: lisina e arginina aumentam a absorção de cálcio por elevar a solubilidade, as gorduras em quantidades normais na dieta também tendem a diminuir o trânsito intestinal e com isso melhorar a absorção, em contrapartida ácido fítico e oxálico prejudicam a absorção, então o ideal é evitar chocolate, chás e bebidas à base de cola, espinafre, aveia, soja entre outros.

Por esse motivo, é preciso cuidar das fontes alimentares a serem prescritas para o portador de osteoporose, leites e derivados são excelentes fontes, as verduras verdes escuras, e oleaginosas contem cálcio também.

A vitamina D tem duas principais fontes: endógena e exógena, ou seja, presentes em fontes naturais (ingesta alimentar) e a sintetizada na pele. As doenças que prejudicam o fluxo biliar reduzem a absorção da vitamina D, apesar de difícil a alimentação não é o melhor caminho para se atingir as necessidades diárias, as principais fontes são: salmão, óleo de fígado de bacalhau e os alimentos enriquecidos, em alguns casos o nutricionista deve suplementar essa vitamina.

Outra vitamina que tem participação nesse processo é a K, tem sua função primordial na coagulação sanguínea, porém existem algumas proteínas que são responsáveis por ser ligadoras de cálcio nos ossos. Encontramos vitamina K no brócolis, couve, castanhas, leite e derivados, e é sintetizado pela flora intestinal se essa tiver preservada e íntegra.

E por último faltou comentar sobre a participação do magnésio, esse importante mineral age como antagonista de cálcio, ou seja, agem em conjunto, essa dupla é responsável pela contração muscular. As principais fontes de magnésio são as oleaginosas, vegetais verdes escuros, banana, mel entre outros.

Acredito que com essa pincelada você começa a entender como desenhar esse cardápio com eficiência, e eu lhe peço encarecidamente que tenha cuidado, que se aprofunde e que adeque esse planejamento afim de não aumentar a degeneração óssea.

Adriana Fanaro
Nutricionista

 

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